01 dezembro 2009

Sem costas, nem corações.




Adorava fazer-me desentendida perto de ti, fingia que não entendia só para te ouvir "-Eu ensino-te, é fácil queres ver? Senta-te aqui..." E eu sentava-me naquele banco sem costas e tu debruçavas-te sobre mim, pegavas nas minhas mãos e sorrias... Sentias-te bem por me estares a ensinar um pouco da tua arte. Já eu, só olhava para as tuas mãos sobre as minhas (já suadas) e só sentia o teu peito junto a mim... No fundo o que eu queria era que me ensinasses a Amar, mas no fim de contas tu também não o sabias fazer...
E foi assim que aquele banco ganhou costas como nós... E eu agora já não sinto o teu coração nem a tua respiração nos meus ouvidos.

6 comentários:

Maria disse...

Devia, não era?

Rafa disse...

...as costas que aquecem o peito...

Andreiita disse...

somos na terra o fogo do Céu... que bem que arde no céu da tua boca e que aquece e arde no meu peito cada palavra que de ti sai *

mereces tanto... cada costa de cadeira que há de melhor no teu céu...

Margarida disse...

fantástico, adorei o blog.

Matilde Cê disse...

o nosso banco tem encosto. senta-te nele.

(L)

as velas ardem ate ao fim disse...

Precisamos de nos sentir quentes, não é?

bjo