Adorava fazer-me desentendida perto de ti, fingia que não entendia só para te ouvir "-Eu ensino-te, é fácil queres ver? Senta-te aqui..." E eu sentava-me naquele banco sem costas e tu debruçavas-te sobre mim, pegavas nas minhas mãos e sorrias... Sentias-te bem por me estares a ensinar um pouco da tua arte. Já eu, só olhava para as tuas mãos sobre as minhas (já suadas) e só sentia o teu peito junto a mim... No fundo o que eu queria era que me ensinasses a Amar, mas no fim de contas tu também não o sabias fazer...
E foi assim que aquele banco ganhou costas como nós... E eu agora já não sinto o teu coração nem a tua respiração nos meus ouvidos.
6 comentários:
Devia, não era?
...as costas que aquecem o peito...
somos na terra o fogo do Céu... que bem que arde no céu da tua boca e que aquece e arde no meu peito cada palavra que de ti sai *
mereces tanto... cada costa de cadeira que há de melhor no teu céu...
fantástico, adorei o blog.
o nosso banco tem encosto. senta-te nele.
(L)
Precisamos de nos sentir quentes, não é?
bjo
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